quinta-feira, 28 de julho de 2011

Almoço com você

Sai para almoçar agora as 16 h e levei você comigo.


Saímos do prédio e mostrei para vc o Largo do Paissandu, a Igreja dos Pretos e a estátua da mãe Preta.

Seguimos pela Dom José de Barros e na esquina da 24 de Maio mostrei o Teatro Municipal, O Viaduto do Chá, e o Shopping Ligth.

Entramos num restaurante simpático onde almoço sempre, comi um peixe ao molho de alcaparras com uma saladinha de beterraba e palmito e você, que já havia almoçado mais cedo, só tomou uma cerveja.



Conversamos bastante, eu contei pra você de onde andei, você econômico nas palavras mais ouviu do que falou e então eu continuo sem saber quase nada de você.



Na volta, apenas nos olhávamos, numa compreensão mutua do prazer daquele momento. De vez em quando você esbarrava em mim, quase sem querer, e era bom.


Você me surpreendeu e numa floricultura da Dom José, comprou flores e as me ofereceu.



No saguão do prédio mostrei para você a exposição sobre os circos, o Cine Olido, o posto de atendimento aos turistas e o curso de dança de salão que é ministrado pela Secretaria de Cultura. Te mostrei o Cibernarium , te mostrei um pedaço do meu mundo.



Na entrada da catraca, você não tinha crachá, e quase, foi impedido de entrar.

O tolo do segurança não sabia que você mora no meu coração e portanto vem comigo sempre.

E está sempre comigo.

sábado, 9 de julho de 2011

Desejos

O que queria hoje era ter uma irmã, uma irmã que me convidasse para ir na casa dela comer um bolo de fubá com café com leite adoçado com bastante açucar.

 Eu queria hoje ter uma mãe que me convidasse para ir amanhã, domingo, almoçar na casa dela polenta com frango. E de sobremesa pessego em  calda com creme de leite.

Eu queria hoje, só por hoje, ter apenas 15 anos, e ir no cinema a noite com a minha irmã Neusa.


Eu queria hoje ter 8 anos e ver meu pai chegando de viagem trazendo
a revista Capricho para mim.

Eu queria  hoje, nem que fosse só por hoje, ter a minha família de volta.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Sucrilhos

Gui conversando com o pai ( Lucas como sempre fingindo ouvir, mas nem prestando atenção)
- Papai, vc sabe que o sucrilhos Kelogs tem um tigre?
- ....................
-É o sucrilhos Kellogs, aquele do tigre...
-............

Domingo de manhã, estou no mercado.
Passo por uma gôndola e vejo o que? Sucrilhos kellogs, aquele do tigre na caixa.
Coloco no carrinho, (estava em promoção)
Chego em casa, começo a descarregar as compras. Sozinha como sempre, ninguém pra me ajudar.
Termino de descarregar, Gui acorda e desce as escadas sorridente.
-Bom dia mãe. (apesar de ser 15 hs , pra ele ainda é bom dia. E também é o único que me dá bom dia)
-Bom dia Gui, adivinha o que eu comprei pra você?
-É presente?
-Não Gui , é de comer..
-O que é???????
-Sucrilhos Kellogs
_Sucrilhos kellogs? Que legal.
Abre a caixa, olha, depois quer que feche a caixa de novo. Quer que feche a caixa e que ela fique prefeita.
As abas não se encaixam, e começo a perceber um certo nervosismo. Consigo acalmar a fera colocando uma fitinha transparente dupla face, que une as duas abinhas.

Ai a caixa de kellogs vira brinquedo e ela passa a tarde com a caixa

Noitinha, Gui quer comer Sucrilhos Kellogs com leite.
Preparo a tigelinha.
-Come Gui.
_Vc sabia mãe que sucrilhos deixa o coração saudável? E que tem que comer sucrilhos para ficar forte e jogar futebol?
-Então come tudo Gui, pra vc ficar com o coração saudável.
Come duas colheradinhas,  fica ali enrolando.... Não quero mais mãe, diz, com cara de gaiato, ...
Ta bom Gui, e eu sou obrigada a comer aquela delicia. Pq a mamãe adora sucrilhos....

Vamos dormir. Gui leva a caixa pro quarto. Coloca no criado mudo.
-Pq Gui aqui no quarto? O sucrilhos tem que ficar na cozinha. É alimento.
Não mãe tem que ficar aqui;
Então tá.  

domingo, 3 de julho de 2011

Meia noite no Imirim

Meia noite. A casa em silencio.
Antes de pegar no sono, lembro que meus filhos todos já estão dormindo.
Penso neles, cada qual em  seu quarto. Penso em mim como a guardiã dessas criaturas.
Por um momento recordo deles bebezinhos, e agora já crescidos. Como foi longa, dura e linda essa trajetória até aqui  .
Quantos erros, acertos, risos, choros, sobressaltos, decepções, alegrias, surpresas, da minha parte e da deles.
Teve  dias, num passado não muito distante, quando fiquei sozinha com eles

que achei que não iria dar conta. Tive medo da minha família diluir feito água, tive medo, tive tanto medo que andei feito zumbi. Tive medo de fracassar.
Mas hoje, agora , no silêncio que envolve a noite e a casa, eu sinto que não tenho mais nenhum medo. Eu sinto que sou a cuidadora dessa família, desses filhos que me respeitam, e que me amam.  Desses filhos que educo,e que crio.
Viver cada dia fazendo parte da vida deles, compartilhando as derrotas e as vitórias é um grande privilégio.
Mas é melhor dormir, que amanhã tem mais.

Meia noite em Paris

Quarta feira passada, fui assistir ao filme Meia Noite em Paris.
Fui com a Ligia no shopping Paulista. De metro, rapidinho estávamos lá, sem o stresse de estacionamento, trânsito, etc.
Gostei muito do filme,e quero ir para PARIS djá.


O Tarcisio Meira e a Glória Menezes sentaram na fileira da frente a nossa. O Tarcisio sentou na poltrona em frente à minha e eu passei o filme inteiro com a perna dura, morrendo de medo de bater sem querer nas costas da poltrona e incomoda-lo.